Tema: a prática da leitura na sociedade de informação e comunicação
O manuscrito e a caixa alta
Vivemos em uma sociedade e época em que somos cercados por informações. Muitas vezes até consideramos que estamos em meio a uma poluição visual, visto que muito se tem para ler nos outdoors, revistas, adesivos, cartazes, propagandas, dentre outros meios de informação. Não raro, estamos com as mãos cheias de papeis que nos oferecem descontos e promoções. Tudo isso são atividades escritas que nos propiciam leituras sobre a avalanche de informações que temos na sociedade.
Além disso, podemos também acrescentar ao número de informações escritas em letras garrafais, aquelas que recebemos manuscritas. São recados, bilhetes, convites, notas de aulas, números de telefones, dentre muitas outras situações em que usamos a caneta ou lápis para fazermos uma anotação. Na verdade, com certeza, quase todas as pessoas trazem em seus bolso ou em sua bolsa uma caneta para anotações. Nesse sentido, nossa compreensão converge com o que li em um artigo há alguns dias atrás. O nome do autor não me lembro, mas o teórico da linguagem afirmava, em poucas linhas, que em nosso futuro breve, a humanidade viverá utilizando a linguagem manuscrita e a caixa alta, visto que a era da informação nos possibilitou cada vez mais o uso da máquina computadorizada para passar informações. Não raro estamos recebendo mensagens no celular, no e.mail, na televisão, nas propagandas... e tudo é escrito não com letras que aprendemos na escola com o lápis e a caneta... são letras uniformizadas, computadorizadas.
Enfim, é o período, a época em que outro tipo de escrita vem sendo muitas vezes priorizada. Esse tipo de escrita, não superior, mas em convivência constante com o manuscrito faz parte da era da informação... Não é possível ignorar, pois a mudança de paradigma também acontece na escrita... e ignorar isso torna-se arcaico diante de um mundo em constante mudanças...
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